domingo, 11 de julho de 2010

Espanha campeã


Iniesta marca e homenageia Dani Jarque, ex-zagueiro do Espanyol morto de ataque cardíaco em 2009

E uma saudável inveja - se é que há inveja saudável - invade o coração de todos os amantes do futebol, que não são espanhois.


Digo saudável, porque ninguém que tenha assistido ao jogo, hoje, pode achar que a Espanha não mereceu o título conquistado - com excessão dos holandeses. Aliás, os dois times que jogaram mereceriam a conquista. Só que uma seleção jogou com vontade, indo ao seu limite de forças, para conquistar o tão sonhado título, sem perder a dignidade. Já a outra seleção não se satisfez - talvez por não confiar em si - em fazer tudo de honesto que estava ao seu alcance.

Então o tal Robben (cai-cai) abusou de se jogar e cavar faltas. Só que na Espanha não existia nenhum Felipe Melo, para pisar no sonho de toda uma nação. O carequinha, de uma perna só, reclamou abusiva e indevidamente do árbitro, que não embarcou na dele. Um tal de De Jong socou, com a sola do pé, o peito de Xabi Alonso, de maneira criminosa - eu nunca tinha visto nada parecido em um campo de futebol. Em um outro lance, num enredo digno de interpretação do personagem de desenho animado Dick Vigarista, a Holanda devolveu um bola de fair-play com tal promiscuidade, que o goleiro Casillas quase sofreu o gol, sendo obrigado a espalmar para escanteio.

Sei que campo de futebol não é tribunal de justiça, mas a justiça foi feita. Apenas uma seleção trouxe a sua dignidade para o jogo, em vez de jogar a dignidade que trouxe. PARABÉNS A SELEÇÃO ESPANHOLA!

PS: Vicente Del Bosque, treinador da Espanha, apesar da discrição, lembrou-me muito o nosso querido Luiz Felipe Scolari. Torço para que Ricardo Teixeira tenha sido acometido pela mesma lembrança.

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