quarta-feira, 22 de julho de 2009

Salmo 104


Foto: Canindé Soares

Confesso que, apesar de católico temente a Deus, não sou tão praticamente quanto deveria ser. Também não costumo me debruçar sobre o livro dos livros com a frequência que deveria. É muito comum nos lembrarmos da existência da bíblia sagrada apenas nos momentos de angústia ou de dificuldades. Dificilmente a folheamos sem uma motivação forte, seja para alimentar nossa alma ou simplesmente como forma de reforçar nossa fé. Assim como só costumamos nos dirigir a Deus para pedir. Não é muito comum nos dirigirmos ao Pai para agradecer as coisas simples que Ele nos dá todos os dias, sem que peçamos.

Ontem (21/07), quando da abertura de uma reunião de trabalho, sabendo, um colega, que a pauta era pesada, pediu licença aos presentes e leu o Salmo 104 da bíblia sagrada, que achei belíssimo. Para mim, o que seria uma reunião tensa, foi uma reunião amena, assim como ameno foi todo o meu dia de ontem. Gostaria de compartilhar com os que costumam frequentar este espaço, estas poéticas e sábias palavras:

Salmo 104

..tu que te cobres de luz como de um manto, que estendes os céus como uma cortina. És tu que pões nas águas os vigamentos da tua morada, que fazes das nuvens o teu carro, que andas sobre as asas do vento; que fazes dos ventos teus mensageiros, dum fogo abrasador os teus ministros. Lançaste os fundamentos da terra, para que ela não fosse abalada em tempo algum. Tu a cobriste do abismo, como dum vestido; as águas estavam sobre as montanhas. À tua repreensão fugiram; à voz do teu trovão puseram-se em fuga. Elevaram-se as montanhas, desceram os vales, até o lugar que lhes determinaste. Limite lhes traçaste, que não haviam de ultrapassar, para que não tornassem a cobrir a terra. És tu que nos vales fazes rebentar nascentes, que correm entre as colinas. Dão de beber a todos os animais do campo; ali os asnos monteses matam a sua sede. Junto delas habitam as aves dos céus; dentre a ramagem fazem ouvir o seu canto. Da tua alta morada regas os montes; a terra se farta do fruto das tuas obras. Fazes crescer erva para os animais, e a verdura para uso do homem, de sorte que da terra tire o alimento, o vinho que alegra o seu coração, o azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que lhe fortalece o coração. Saciam-se as árvores do Senhor, os cedros do Líbano que ele plantou, nos quais as aves se aninham, e a cegonha, cuja casa está nos ciprestes. Os altos montes são um refúgio para as cabras montesas, e as rochas para os querogrilos. Designou a lua para marcar as estações; o sol sabe a hora do seu ocaso. Fazes as trevas, e vem a noite, na qual saem todos os animais da selva. Os leões novos os animais bramam pela presa, e de Deus buscam o seu sustento. Quando nasce o sol, logo se recolhem e se deitam nos seus covis. Então sai o homem para a sua lida e para o seu trabalho, até a tarde. Ó Senhor, quão multiformes são as tuas obras! Todas elas as fizeste com sabedoria; a terra está cheia das tuas riquezas. Eis também o vasto e espaçoso mar, no qual se movem seres inumeráveis, animais pequenos e grandes. Ali andam os navios, e o leviatã que formaste para nele folgar. Todos esperam de ti que lhes dês o sustento a seu tempo. Tu lho dás, e eles o recolhem; abres a tua mão, e eles se fartam de bens. Escondes o teu rosto, e ficam perturbados; se lhes tiras a respiração, morrem, e voltam para o seu pó. Envias o teu fôlego, e são criados; e assim renovas a face da terra. Permaneça para sempre a glória do Senhor; regozije-se o Senhor nas suas obras; ele olha para a terra, e ela treme; ele toca nas montanhas, e elas fumegam...

Amém!!!