Futebol Potiguar (...e eventualmente outros assuntos menos polêmicos, como religião e política)
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Geni e o Zepelin
De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada
O seu corpo é dos errantes
Dos cegos, dos retirantes
É de quem não tem mais nada
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Culto ao sensacionalismo
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Braço Desarmado
sábado, 24 de outubro de 2009
Espelho
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Injusta Faceta
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Paredão
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Sabedoria do Sertanejo
sábado, 3 de outubro de 2009
Vida Alheia
Por falta de criatividade, não consegui selecionar nenhuma foto para ilustrar a "Vida Alheia", então resolvi colocar o jumento Felipão.
Você deve está pensando: - O que é que um jumento tem a ver com a vida alheia??? Rigorosamente nada, a não ser por se tratar de um personagem da vida interiorana. Mas, o que é que as pessoas tem a ver com a vida dos outros??? Também, nada. Beleza!!! Então Felipão e a "Vida Alheia" já tem algo em comum. Segundo ponto comum: É aconselhável não se meter com nenhum dos dois. Mas... ...se é de você se meter com Felipão, prefira a vida alheia.
No pacato interior
A vida mansa norteia
Dia-a-dia sem estresse
O sossego encandeia
Mas o lazer principal
Presente em qualquer local
É falar da vida alheia
Não importa quem falseia
Nem se saga é verdadeira
Precisa ser criativa
E sendo a versão primeira
Chamará a atenção
Provocando sensação
O mote sobe ladeira
Se a mulher é chifreira
Quem paga é o marido
Enfeitado, rotulado
Cabisbaixo e sofrido
O chifre ainda tá morno
De qualquer forma é corno
Brabo, manso ou ferido
Maxixe é seu apelido
Por ser, a moça, festeira
Incomodaria menos
Sua orelha na fogueira
Dizem que nasceu vadia
E o seu fogo já ardia
Queimando as mãos da parteira
Uma língua fuxiqueira
Faz um estrago danado
Quando faz o julgamento
De um garoto delicado
Não tendo nenhuma dó:
- Criado pela avó
- Só podia ser viado
Contando a quem tá do lado
Solta logo uma bravata
Diz: - Aquela moça velha
- Figurinha caricata
- É chata por ser solteira ?
- Ou, por só falar besteira
- É solteira por ser chata?
Até o amigo destrata
Quem gosta da falação
Se o sujeito compra um carro
Começa a especulação
Diz que está enricando
Que leva a vida roubando
Seu lugar é na prisão
Quando há repreensão
Ao pensamento fecundo
Não aceita o conselho
Se defende em um segundo
Dentro da cabeça dele
Todo o mundo é contra ele
E ele é só, contra o mundo
(Pedro Augusto Fernandes de Medeiros)
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Salmo 104
Foto: Canindé Soares
Confesso que, apesar de católico temente a Deus, não sou tão praticamente quanto deveria ser. Também não costumo me debruçar sobre o livro dos livros com a frequência que deveria. É muito comum nos lembrarmos da existência da bíblia sagrada apenas nos momentos de angústia ou de dificuldades. Dificilmente a folheamos sem uma motivação forte, seja para alimentar nossa alma ou simplesmente como forma de reforçar nossa fé. Assim como só costumamos nos dirigir a Deus para pedir. Não é muito comum nos dirigirmos ao Pai para agradecer as coisas simples que Ele nos dá todos os dias, sem que peçamos.
Ontem (21/07), quando da abertura de uma reunião de trabalho, sabendo, um colega, que a pauta era pesada, pediu licença aos presentes e leu o Salmo 104 da bíblia sagrada, que achei belíssimo. Para mim, o que seria uma reunião tensa, foi uma reunião amena, assim como ameno foi todo o meu dia de ontem. Gostaria de compartilhar com os que costumam frequentar este espaço, estas poéticas e sábias palavras:
Salmo 104
..tu que te cobres de luz como de um manto, que estendes os céus como uma cortina. És tu que pões nas águas os vigamentos da tua morada, que fazes das nuvens o teu carro, que andas sobre as asas do vento; que fazes dos ventos teus mensageiros, dum fogo abrasador os teus ministros. Lançaste os fundamentos da terra, para que ela não fosse abalada em tempo algum. Tu a cobriste do abismo, como dum vestido; as águas estavam sobre as montanhas. À tua repreensão fugiram; à voz do teu trovão puseram-se em fuga. Elevaram-se as montanhas, desceram os vales, até o lugar que lhes determinaste. Limite lhes traçaste, que não haviam de ultrapassar, para que não tornassem a cobrir a terra. És tu que nos vales fazes rebentar nascentes, que correm entre as colinas. Dão de beber a todos os animais do campo; ali os asnos monteses matam a sua sede. Junto delas habitam as aves dos céus; dentre a ramagem fazem ouvir o seu canto. Da tua alta morada regas os montes; a terra se farta do fruto das tuas obras. Fazes crescer erva para os animais, e a verdura para uso do homem, de sorte que da terra tire o alimento, o vinho que alegra o seu coração, o azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que lhe fortalece o coração. Saciam-se as árvores do Senhor, os cedros do Líbano que ele plantou, nos quais as aves se aninham, e a cegonha, cuja casa está nos ciprestes. Os altos montes são um refúgio para as cabras montesas, e as rochas para os querogrilos. Designou a lua para marcar as estações; o sol sabe a hora do seu ocaso. Fazes as trevas, e vem a noite, na qual saem todos os animais da selva. Os leões novos os animais bramam pela presa, e de Deus buscam o seu sustento. Quando nasce o sol, logo se recolhem e se deitam nos seus covis. Então sai o homem para a sua lida e para o seu trabalho, até a tarde. Ó Senhor, quão multiformes são as tuas obras! Todas elas as fizeste com sabedoria; a terra está cheia das tuas riquezas. Eis também o vasto e espaçoso mar, no qual se movem seres inumeráveis, animais pequenos e grandes. Ali andam os navios, e o leviatã que formaste para nele folgar. Todos esperam de ti que lhes dês o sustento a seu tempo. Tu lho dás, e eles o recolhem; abres a tua mão, e eles se fartam de bens. Escondes o teu rosto, e ficam perturbados; se lhes tiras a respiração, morrem, e voltam para o seu pó. Envias o teu fôlego, e são criados; e assim renovas a face da terra. Permaneça para sempre a glória do Senhor; regozije-se o Senhor nas suas obras; ele olha para a terra, e ela treme; ele toca nas montanhas, e elas fumegam...
Amém!!!
segunda-feira, 29 de junho de 2009
A Droga
Foto: Junior Santos
Esses dias, conversando com um amigo, delegado da Polícia Civil, ouvi um depoimento que me deixou preocupado. Ele relatava, em tom de desabafo, as dificuldades de combater as drogas, falando que cada vez mais o aparato policial é amordaçado e o tráfico de entorpecentes se prolifera de forma cruel e descontrolada
terça-feira, 2 de junho de 2009
Conduta Vedada
Conduta Vedada
Em certa fase da vida
O respeito é um bem sagrado
Não pode ser profanado
De uma forma descabida
É hora de ser banida
Essa conduta vedada
Ter a honra profanada
Machuca o pai de família
Com tanta gente em Brasília
Merecendo essa dedada
Já bem na hora marcada
E eu aqui na espera
Para enfrentar a fera
Tal qual uma alma penada
Com a mente abalada
E com contrariedade:
É uma grande atrocidade
Me botar nesse papel
Com um requinte cruel
Pra um sujeito, nessa idade
É infinita maldade
Esse corredor da morte
Que meu coração suporte
Essa desumanidade
Mas se na realidade
Isso for para o meu bem
Preconceito não convém
Para que a sorte não mude
Fico com minha saúde
Prefiro dizer amém
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Ensaio Sobre a Loucura
Esse ministro deve ser louco
Já esse deve ser são
Onde mora a loucura? Parece ser uma indagação que merece uma resposta simples e óbvia, mas andei procurando respondê-la e não consegui sequer uma aproximação. No ceticismo consciente ou na indignação juvenil? Na aceitação da legalidade amoral ou na recusa à licitude injusta? Na tolerância conivente com o repugnável ou na repulsa veemente diante das posturas não éticas? Na indiferença pragmática ou na entrega a uma causa "impossível"? No padrão promíscuo ou simplesmente na fuga do padrão?
A definição convencional da loucura me parece mais um rótulo, uma pecha colocada naquele que ousa fazer algo que falta coragem aos "são", um fardo a mais para ser carregado por quem já se encontra com um peso demasiado nas costas, próprio das causas nobres. É mais fácil taxá-lo de louco, que fazer o que foi ousado por ele. Ocupar aquela trincheira fétida? De jeito nenhum. Andar descalço, num caminho sinuoso de espinhos? Nem pensar. Então, já que falta coragem aos "são", até mesmo para um apoio moral, é mais fácil ironizar e ridicularizar, encobrindo, assim, as suas frustrações e os seus temores. Vale tudo para esconder que a sua própria luz é opaca. Até mesmo, apagar o brilho das estrelas e das constelações.
Os "sãos" são "sabidos", "vivos", "espertos", podendo ter ou não escrúpulos. Os "loucos" são "bestas", "sonhadores", "otários", que são capazes de passar por cima de tudo, menos dos seus princípios e dos seus ideais. Os "sãos" podem até sonhar com um mundo melhor, mas jamais serão capazes de mover uma única palha para isso. Só os "loucos" buscam a realização dos sonhos ditos impossíveis, mesmo que para isso custe a humilhação e a indiferença, obstáculos mais difíceis, dentre os muitos que terá de transpor.
(Pedro Augusto Fernandes de Medeiros)
terça-feira, 19 de maio de 2009
O Papudinho
Que vive para a cachaça
Sua sede nunca passa
Esse é o seu defeito
Bebe por ser liquefeito
Sólido, comê-lo-ia
Sua sede irradia
Só não entorna dormindo
Se não estava ingerindo
É porque de febre ardia
Nem conheço reza forte
Não há nada que conforte
Só uma cerveja fria
Se tem outra companhia
Estando em consciência
Nada tem eficiência
Pra curar a sede eterna
Só enchendo uma cisterna
E afogando a dependência
Quando a ressaca tá feia
Com pouco álcool na veia
Começa a turbulência
Situação de carência
Tremendo mais que toyota
Pede logo uma meiota
E toma quase dum gole
Bebendo de ficar mole
No meio fio, capota
Parece esgoto geral
Chupa um imbu com sal
E logo uma ideia brota
Se encharcado, arrota
Ficando pronto pra guerra
No boteco se emperra
Com o copo não enrola
Saindo de padiola
Na hora que a farra encerra
Não tem muro, não tem serra
Pra impedir o rapaz
Na sua sede voraz
O caminho nunca erra
Parece que a cana berra
E logo o pingunça escuta
Com certeza absoluta
Advinha farra a légua
Esse filho de uma égua
Tem premonição astuta
E nem sequer ficar tonto
Bebe até ficar pronto
Tudo que seu vício incuta
Essa é sua conduta
Um gole não satisfaz
Só a cana lhe dá paz
Emborca de copo cheio
O alcool é um devaneio
Que em sua mente jaz
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Ônus Profano
Como em um breve aceno
O verde logo amarela
Se despedindo, sem trela
Folhas caem no terreno
Parece tomar veneno
A vida se dilacera
Quando a aridez supera
Transformando em deserto
Mesmo estando liberto
A seca nos encarcera
Esse tempo que impera
Na maior parte do ano
Aleija de qualquer plano
O fraco se desespera
O vento que vocifera
Carregando a umidade
Também leva pra cidade
Quem não suporta o sufoco
Entre espinhos e tocos
É dura a realidade
Indescritível maldade
Se faz com o trabalhador
Mutilado do labor
Perde a dignidade
Vivendo de caridade
Da esmola oficial
O Governo Federal
Em vez de a vara lhe dar
Ensinando a pescar
Já dá o peixe com sal
Dar-lhe bolsas é um mal
A esmola desapruma
O sujeito se acostuma
Com um vício amoral
Esse é o seu final
Passa a estorvo humano
Um problema suburbano
Quem plantou e produziu
Alimentou o Brasil
E hoje é um ônus profano
(Pedro Augusto Fernandes de Medeiros)
PS: Peço desculpas aos frequentadores deste espaço para colocar o quadro "Retirantes", de Portinari, com um poema meio fora de propósito, em um ano que promete ser de fartura. Mas
é que acho esse momento oportuno para uma reflexão sobre o que está por vir e o que foi feito para mudar o futuro. Será que o Nordeste vai ser perpetuamente condenado a "ônus profano"
do Brasil e a única coisa a ser feita é a distribuição de bolsas?
domingo, 29 de março de 2009
Nasceu para Cangalha
Tem gente que é desprovida
Da mais tênue sapiência
Sem nenhuma inteligência
Para ser desenvolvida
A mente é combalida
Seu juízo tem cancela,
Cadeado e taramela
Seu raciocínio falha
Quem nasceu para cangalha
Nunca vai chegar a sela
Aquele que discrimina
Alguém pela sua cor
Que julga não ter valor
Pela origem nordestina
É o mesmo que abomina
Quem carrega uma sequela
Ou do idoso não zela
Reservando a migalha
Quem nasceu para cangalha
Nunca vai chegar a sela
O eleitor que se vende
Renuncia o poder
Do direito de eleger
Seu papel não compreende
Por isso não surpreende
Quando ele a urna mela
Vota em galã de novela
Ou outro que não trabalha
Quem nasceu para cangalha
Nunca vai chegar a sela
Mesmo que a atitude
Tenha efeito bumerangue
A tolice tá no sangue
E não permite que mude
Por mais que o sujeito estude
A sandice não debela
E o caráter se revela
Nas asneiras que espalha
Quem nasceu para cangalha
Nunca vai chegar a sela
(Pedro Augusto Fernandes de Medeiros)
PS: O raciocínio da poesia só é válido para asininos humanos. A foto (domingo 29/03) mostra uma dupla de jumentos que largaram a cangalha, passaram pela sela e hoje estão curtindo a belíssima praia de Ponta do Mel.
sexta-feira, 27 de março de 2009
O Pneu
O homem inventou a roda
Revolucionou o mundo
Encurtando as distâncias
Percorrendo em um segundo
Onde antes só se ia
Com o pensamento fecundo
Arredondou uma pedra
Fazendo a roda primeira
Depois um outro artesão
Esculpiu-a na madeira
Mais tarde a roda de ferro
Subiu e desceu ladeira
Para ajudar no progresso
A roda foi libertada
Saiu do trilho de ferro
Para encarar a estrada
Que era feita de barro
Sinuosa e esburacada
Era tanto solavanco
Com o carro, quase parado
Foi então que se encheu
Um cilindro anelado
Comprimindo-se o ar
O pneu estava inventado
Essa grande descoberta
Permitiu a evolução
Melhorando a freada
Otimizando a tração
Reduzindo os impactos
Amortecendo o chão
Hoje olho um avião
Que sem pneu não decola
Os veículos de estrada
Que tem uma outra bitola
Ou os carros de corrida
Que quase do chão descola
Olhando a nossa volta
Se percebe a importância
O papel essencial
E a grande relevância
Que o pneu representa
Para qualquer circunstância
Mas é triste perceber
A vã genialidade
Que desenvolveu a roda
Demonstrando habilidade
Não faz esforço nenhum
Para limpar a cidade
Abandona no monturo
Ou no terreno baldio
Esse objeto nobre
É desprezado no rio
Não restando o que fazer
Com quem tanto nos serviu
Deu apoio a polícia
Equipando o camburão
Tá no carro do bombeiro
Que o leva à missão
Transporta o retirante
No regresso ao sertão
O pneu que salvou vidas
Rodando na ambulância
E o que levou riquezas
Transportando a pujança
É refúgio de mosquito
Graças a ignorância
Quem teve inteligência
Com o seu dom de criar
Demonstra nenhum empenho
Para poder reciclar
Abandonando ao léu
Na hora de descartar
Depois de tanto servir
Merecia melhor sorte
Quem aproximou pessoas
Rodando do sul ao norte
Hoje só serve a dengue
Sendo berçário da morte
É o homem no espelho
É o espelho do descaso
O descaso com o futuro
É o futuro ao acaso
O acaso guiando o mundo
O mundo no fim do prazo
domingo, 22 de março de 2009
Aborto
Totalmente indefeso
No ventre da inimiga
O corpo que o abriga
Por ele só tem desprezo
Deveria estar ileso
No seu desenvolvimento
Recebendo o provimento
Dentro de uma fortaleza
Com infinita nobreza
E total desprendimento
Tendo outras opções
Pra evitar gravidez
Se pratica a insensatez
Na maior das agressões
Um covil de leões
É o corpo infanticida
Que põe fim a uma vida
Em vez de a defender
Soube muito bem fazer
Arranje outra saída
Sem a proteção materna
Não lhe resta alternativa
Solução definitiva
Dentro da visão moderna
Um crime que não consterna
Quem devia só cuidar
Se dispõe a praticar
O aborto ilegal
Exacerbação do mal
E covardia sem par
Não há justificativas
Para uma barbárie dessas
Atitude que confessa
Nossa força destrutiva
Em uma ação furtiva
Que o feto predestina
A ligação vitalina
Pois o ser que é vitimado
Além de estar desarmado
Não vive sem a assassina
(Pedro Augusto Fernandes de Medeiros)
PS: Gostaria de enfatizar que sou absolutamente a favor do aborto legal. Nos casos previstos em lei, quando a vida da mãe está em risco, a prioridade deve ser preservar a vida da mãe. Não defendo, nem sou favorável a posição do bispo pernambucano que excomungou os responsáveis pelo aborto na menina de 9 anos, mas tenho receio que aquela infeliz declaração do religioso possa ser usada a favor da banalização da prática. A igreja está correta em tentar preservar a vida, mas o bispo, na minha humilde visão, totalmente errado em opinar sobre a inexistência de risco de vida naquela gestação. Assim como Lula não está gabaritado para opinar sobre religião, ele também não tem embasamento para opinar sobre medicina.
quinta-feira, 19 de março de 2009
Senado Federal
Um diretor de garagem
E um de aeroporto
Ao dispor, todo conforto
E vida de malandragem
É uma grande sacanagem
Um Estado arruinado
Acoitando viciado,
Parasita e ladrão
Que escolhe por profissão
Um emprego no Senado
Escutar de Zé Sarney:
- Tudo vai ser resolvido
Quem errou vai ser punido
Com todo rigor da lei
Na apuração que farei
Diretor desocupado
É pra ser exonerado
Mas a gratificação
Esses pilantras terão
Ao salário incorporado
Logo, logo, a imprensa
Abandona a cobertura
E a mesma estrutura
Vai voltar a ser imensa
Além dessa recompensa
Pr´esse bando de grileiro
Feita com nosso dinheiro
A quem foi exonerado
Cargos novos são criados
Mais lama para o chiqueiro